segunda-feira, 10 de setembro de 2007

CRÔNICAS CONCLUÍDAS DE ALGUÉM NO OUT

É apenas uma idiotice deixar de beber a vigésima quarta garrafa de cerveja quando você já bebeu vinte e três, seria quase um afronto ao ego ficar por uma ou não beber uma caixa com vinte e quatro pra se divertir, chorar, vomitar no pé da namorada ou esperar a próxima carreira de cocaína entrando no seu delicado nariz pra fazer bonito porque vinte e quatro horas por dia em alguns dias da semana você se acha feio, ridículo, tímido ou depressivo demais. Talvez seja apenas pra descarregar as emoções acumuladas durante toda semana estressante que você viveu tomar até cair pra dignificar a incompetência de ser racional o bastante pra não deixar de ser o que virou. É fácil quando se tem sangue correndo nas veias abusar da carne pra satisfazer o ego, até quando será um domingo depressivo que não se consegue nem sair da cama pra ver a vida crescer pelos cantos ou tomar uma outra direção, será que os meios estão tão fluentes nas vidas das pessoas que elas estão se esquecendo dos fins, do fim e não se preocupando com possíveis futuros auto-destrutivos viagens sem volta, subconsciente destruído pela sua brisa no fim de tarde depois de você ascender um baseado finíssimo que fez com que você esquecesse que hoje era o aniversário de casamento de seus pais e eles estavam te esperando enquanto você comia feito um porco e dormia pra curar o cansaço de tanto rir do nada. Alias seria realmente isso que sobraria pra pessoas como você ou quem é ridiculamente incapaz de deixar de ser o bobo da corte da vez. Talvez os embalos de sábado à noite tenham ficado clichê demais, talvez queiramos algo demais que nem sabemos ao certo mas simbolizamos com nosso brinde de sempre e assim será até quando estivermos satisfeitos ou finalizados pelo esquecimento.

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