sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

PRAZER SUBLIME

Hoje acordei e percebi que o tédio não me preocupava mais, sentia uma sensação de liberdade plena quase que um ecstasy sublime me percorria em tons de arrepios me deixando completamente sem querer ter noção do tempo lá fora. Quando dei por mim olhei pela janela do meu quarto e vi aquela manhã toda coberta por um manto de neblina branca se espalhando por todos os lados e um friozinho gostoso me percorria o corpo quase nu envolto apenas por uma cortina de seda banca com tons azuis. Me vesti e fui para cozinha respirando um ar puro e doce de uma manhã perfeita, não fiz nem café, tomei um suco de laranja e comi um queijo fresco pra me recompor do jejum da noite anterior, olhei pelo corredor e ele estava em pé me olhando com aquela cara de quem tinha todo o prazer de uma noite memorável, ficamos ali parados olhando um pro outro sem nada a dizer celebrando o ósseo, a vida em tons cor de pele. Tomamos café e suco depois saímos pra ver o sol, a neblina já havia saído de cena e pegamos um na mão do outro e sentamos embaixo de uma árvore que tinha as flores cor de rosa, não me lembro agora o nome mais era linda e enchia os nossos olhos, andamos horas na grama molhada pelo orvalho até que fomos ao riacho, mergulhar e sentir o poder da água batendo em nossa volta, nos divertimos muito. Saí da água e me sentei embaixo de uma grande árvore verde e comecei a escrever o segundo capitulo do meu livro, nele digo que quando se tem verdade em uma poesia ela se torna inesquecível para alguém e que o poder da palavra é o dom mais supremo para um ser humano se encontrar ou encontrar-se com um grande amor que precisa. Já faz muito tempo que já não me preocupo com problemas, digo não me interesso em pensar se vou viver cem anos ou terei de morrer por amar demais alguém, apenas me preocupo comigo, com alguns dos "meus" e por algumas questões sociais que me interessam, no mais sigo vivendo dia após dia abrindo a grande janela do meu quarto e vendo a maravilha que nenhum ser humano me proporciona, a natureza com traços de liberdade crescendo sem ser interrompida e uma vida selvagem sem ser agressiva.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

A FILA DO BANCO

Hoje ele saiu de casa com um perfume vagabundo a exalar na rua, meu olhar ficou fixo nele e de repente me vi livre, triste, me ajoelhando de novo aos pés e pedindo pra que voltasse atrás, não voltei. Antes de hoje ja não tinha mais aquela sinceridade bacana radical que a gente quer que o próximo nos dê, não era mais pra ser, tinha que acabar logo com aquele amor que virou confusão e depois não virou mais nada simplesmente porque não tinha mais nada pra virar, tinhamos que seguir aquelas velhas histórias de caminhos separados e sabe de uma coisa, a gente segue, não é? Quantas vezes seguimos esses caminhos que depois encontramos de novo e de novo voltamos a percorre-lo, a vida é uma grande fila de banco imensa bem no dia que você recebe seu salário, você recebe mas depois tem que esperar um tempo e ela está lá de novo, só que ás vezes você não tem nada pra receber e aí a gente corre atrás mesmo sem ter nada pra receber a gente tenta e se não der certo a gente tenta de novo e até quando a gente aprende com uma desilusão a gente tenta outra vez. O circulo real das coisas giram sempre em volta de nossos umbigos e assim a gente vai e vai e continua até conseguir mais um desastre no final das contas novamente porque simplesmente a gente não descansa, não para pra olhar pra fumaça das grandes fábricas que hoje estão mais em alta do que nunca, a paixão de ficar apaixonado é tão importante assim? Será que nos doamos tanto pra nada, será que você vai ser meu? O que você me diz agora? O que eu preciso ouvir? Porque a gente não tenta dar a segunda sendo que ainda não nos satisfizemos na primeira? Porque de tantos porque's? Me responde?

sábado, 5 de janeiro de 2008

SEDA

Não to chatinho,só desisti de algumas coisas,quero o novo envolvido em um papel de seda,não pra fumar,pra rasgar e jogar pelo 13º andar em pedacinhos de 3x4, pra me lembrar daquela sua foto da identidade,que eu odiava tanto,mas que agora me faz falta...