sábado, 26 de abril de 2008

A TARDE

Como é de se imaginar aqui dentro do peito jaz uma rosa de Guadalupi, os espinhos machucam e a ferida se abre completamente fazendo com que eu padeça sobre o pé da cama. O difícil não é conviver com essa rosa no peito é saber que os espinhos dela ainda estão lá e estarão por algum tempo porque permaneço como jardineiro fiel a ela. No escuro de uma noite fria avistei uma luz fosca que me fez entender que ali eu poderia ter um pouco de calor se a seguisse então sem entender o sentido da busca por ela fui até conseguir toca-la, acordei todo molhado de suor e com palpitações aceleradas, fui até a cozinha e tomei um gole d'água e me coloquei a refletir sobre o sonho, adormeci novamente. Quando acordei na manhã seguinte o sol queimava minha cara, estava capotado no chão da cozinha com a janela aberta, resolvi que aquele seria o último dia que viveria com aqueles malditos espinhos no peito, saí de casa e fui até a casa dele, olhei bem no fundo dos olhos e me mantive intacto diante da situação, dei um sorriso largo, cheio de vida e voltei pra casa, no final da tarde recebi rosas e um cartão, coloquei no vaso e percebi que eram sem espinhos, estavam cheirando a ele...

sexta-feira, 4 de abril de 2008

A CORTE

Deixa estar, começo dizendo aquilo talvez que me faça mais sentido nesse momento, aos trancos e barrancos da vida como sempre sendo bela, a majestade põe-se na visão correta da corte embasbacada de sentimentos úteis talvez por alguns momentos. Como é que será feita a nossa vontade??? De que maneira a gente sabe que a nossa vontade será feita??? Talvez não sabemos, somente cremos que um dia seja feita... e por que não esperar??? Por que agirmos necessáriamente de uma só vez ao invés de realmente esperar pra ver??? Talvez porque a gente precisa disso, talvez porque precisamos correr atrás o tempo todo. A corte sempre observa mais do que age, afinal o imperio é tratado de ações conduzidas por aqueles que agem de alguma forma para o bem ou para o mau e afinal será que um dia saberemos se estamos agindo para o bem ou para o mau, são tantas perguntas que as vezes é melhor deixar estar e esperar... ahhh sei lá.