segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

A FILA DO BANCO

Hoje ele saiu de casa com um perfume vagabundo a exalar na rua, meu olhar ficou fixo nele e de repente me vi livre, triste, me ajoelhando de novo aos pés e pedindo pra que voltasse atrás, não voltei. Antes de hoje ja não tinha mais aquela sinceridade bacana radical que a gente quer que o próximo nos dê, não era mais pra ser, tinha que acabar logo com aquele amor que virou confusão e depois não virou mais nada simplesmente porque não tinha mais nada pra virar, tinhamos que seguir aquelas velhas histórias de caminhos separados e sabe de uma coisa, a gente segue, não é? Quantas vezes seguimos esses caminhos que depois encontramos de novo e de novo voltamos a percorre-lo, a vida é uma grande fila de banco imensa bem no dia que você recebe seu salário, você recebe mas depois tem que esperar um tempo e ela está lá de novo, só que ás vezes você não tem nada pra receber e aí a gente corre atrás mesmo sem ter nada pra receber a gente tenta e se não der certo a gente tenta de novo e até quando a gente aprende com uma desilusão a gente tenta outra vez. O circulo real das coisas giram sempre em volta de nossos umbigos e assim a gente vai e vai e continua até conseguir mais um desastre no final das contas novamente porque simplesmente a gente não descansa, não para pra olhar pra fumaça das grandes fábricas que hoje estão mais em alta do que nunca, a paixão de ficar apaixonado é tão importante assim? Será que nos doamos tanto pra nada, será que você vai ser meu? O que você me diz agora? O que eu preciso ouvir? Porque a gente não tenta dar a segunda sendo que ainda não nos satisfizemos na primeira? Porque de tantos porque's? Me responde?

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